terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Zara e a comunidade

Alguém lembra do escândalo da Zara envolvendo bolivianos clandestinos no Brasil? Esse fato ocorreu em São Paulo em 2011, e na época, a empresa não quis comentar o fato, pois alegou que "não há operações diretas da Zara no país", ou seja, se os meus fornecedores usam o trabalho escravo tudo bem, eu não posso fazer nada para mudar isso.

Hoje, lendo os principais posts no Twitter, leio novamente a Zara, agora na Venezuela, envolvida em mais um escândalo e alegando que "não há operações diretas nas lojas da matriz". De novo, a marca se esquivando de seus compromissos com a sociedade na qual está inserida. Dessa vez, foi acusada por suposta cobrança excessiva de juros, remarcação de preços e propaganda enganosa publicada pela rede.  

Juro que esse último item me deixou pasma, pois em plena onda tecnológica e digital, uma gigante do varejo faz isso? A Zara é referência em visual merchandising, suas vitrinas são magníficas e as lojas, encantam até mesmo quem não gosta muito dos longos passeios para compras, mas, peca muito na questão de desenvolvimento sustentável, pois pelo que parece, não quer cumprir a legislação dos países onde está e o pior, não se sente responsável quando certos fatos acontecem.

Mesmo que a empresa tercerize seus serviços, a responsabilidade pelo gerenciamento da marca é dela. Então, nada justifica que os parceiros tenham práticas abusivas, pois quem os escolhe é a Zara. Cabe aos consumidores a decisão pela compra, então, precisamos analisar melhor as nossas escolhas.

Para complementar a leitura e entender um pouco mais a situação ocorrida na Venezuela acesse: http://oglobo.globo.com/defesa-do-consumidor/governo-venezuelano-obriga-lojas-zara-no-pais-fecharem-as-portas-por-tres-dias-7670091.

Boa leitura!

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

New York e suas vitrinas

Para um bom profissional de marketing, ir a New York e não observar o que há de mais atual e inovador é um pouco estranho. A cidade inspira e respira consumo em suas lojas, restaurantes, parques, enfim, em toda a sua essência.

Pelas ruas do Soho, East Village, Madison Avenue e principalmente, pela 5th Avenue, surge o que há de mais moderno e inusitado nas vitrinas das lojas, o que pode deixar o observador sem fôlego e sem opção de definir qual a mais interessante e inovadora.

Na minha última viagem a New York, elegi duas vitrinas que com certeza, ainda serão muito comentadas por quem as viu e pelos profissionais da área, ávidos por vitrinas conceito. Essas vitrinas, além de comunicar a identidade da marca, vendem o produto para o seu público-alvo.

A primeira, Bvlgari, inovou com sua serpente (idêntica ao clássico colar da marca, mas com pequenas luzes de LED ao invés de diamantes), abraçando a loja e comemorando o começo do ano novo chinês, cujo símbolo, dessa vez, é a cobra.



A outra, não menos importante e interessante, Versace, apresenta uma vitrina mais tecnológica, onde os manequins giram sobre diamantes, e o público pode observar todos os detalhes das roupas expostas, tudo isso,  remetendo a luxo e sofisticação,.


Depois das minhas caminhadas, garimpando as novidades, pude observar que uma nova referência em vitrina está aparecendo: a vitrina conceito que vende. Então, empresários e profissionais da área, está na hora de investir em ações de PDV para encantar e fidelizar seus clientes, pois cada vez mais as pessoas querem se relacionar e se identificar com suas marcas preferidas.

Inovação, design e tecnologia estão aí e muito presentes no varejo. Então, só nos resta observar e seguir as tendências...

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Coca-Cola e a Copa de Todo Mundo

Em se tratando de referência nas estratégias de marketing e branding, a principal é a Coca-Cola, por sua dinâmica, criatividade e inovação. Tudo isso aliados hoje aos programas sociais provenientes de uma gestão com foco em desenvolvimento sustentável.

Um ótimo exemplo disso é o início da nova campanha para a Copa do Mundo de Futebol, que será realizada no Brasil, em 2014, por meio de um manifesto intitulado "Copa de Todo Mundo". Os temas inclusão e participação são o conceito de todas as ações realizadas até o final do evento.

Projetos sociais nas mais diversas comunidades serão realizados procurando promover a capacitação dos jovens, a reciclagem e o incentivo à prática de exercícios físicos. Essa é a maior campanha da Coca-Cola nos últimos 70 anos no que se refere a expectativa de números de pessoas envolvidas e em termos de investimento, cuja previsão é de R$ 2 bilhões.

As ações serão veiculadas em mídias variadas. A identidade visual é assinada pelo grafite Speto destacando valores como felicidade, união e celebração. Nos principais pontos de vendas já estão sendo distribuídas "garrafas de todo o mundo". Toda essa campanha é assinada pela agência Wieden+Kennedy e a JWT é a responsável pela mídia online.

No link, vocês poderão assistir ao vídeo que será veiculado dia 23, nos principais canais abertos de TV: http://www.youtube.com/watch?v=u-tp3SwitMY&feature=player_embedded

A campanha dessa Gigante, vem confirmar a grande preocupação universal com a qualidade de vida e a sustentabilidade.

Boa leitura!



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Exemplo de como não se faz

O Debrum tem como objetivo disseminar práticas de VM e branding e essa semana estou acompanhando uma situação que é puramente um exemplo de como NÃO se faz branding. É o caso do processo da Gradiente pelo direito de uso do nome iPhone no Brasil.

Eu defendo que as empresas, assim como as pessoas, devem buscar seus direitos independente da situação, porém, algumas ações podem macular a imagem da pessoa ou da empresa. E esse é um exemplo claro disso.

Uma empresa que está há anos mendigando um lugar no mercado brasileiro de eletrônicos e talvez (não posso afirmar), tenha visto o nome iPhone em alguma das visitas de benchmarking que os executivos costumam fazer e utiliza em um produto seu que não vingou (porque duvido que alguém no Brasil tenha comprado um iPhone Gradiente, e se comprou foi lesado, pois eu acredito que pensou que estava comprando Apple) processa uma gigante que é conhecida no mundo todo pelos "is"(iPhone, iPod, iPad...)!

Tenho minhas dúvidas se o departamento de marketing da Gradiente ou de sua administradora tenha sido consultado sobre essa situação. E se consultou e o parecer foi favorável, Deus os ajude!
Algumas ações precisam ser pensadas, discutidas, analisadas e pensadas, discutidas, analisadas muitas vezes. Quem sofrerá as consequencias dessa tomada de decisão é a marca Gradiente, que de agora em diante, ficará conhecida como a "marca que viajou na maionese"...

Para quem quer saber um pouco mais sobre esse exemplo de como não se faz, acesse: http://t.co/gI86DMQI.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A Malwee continua gostosa como um abraço

Há alguns meses venho acompanhando as postagens da Malwee, no Facebook, e tenho gostado muito do que vejo. A marca está leve, solta e com um requinte que tira todo e qualquer indício da "fábrica de camisetinhas de Jaraguá do Sul-SC". 

Nas coleções encontramos mulheres baixas, altas, magras, "cheinhas", enfim, pessoas normais. E isso é muito legal, pois não é de celebridades que vivem as nossas confecções. São de pessoas do dia a dia, muitas vezes sem glamour algum (embora eu achei essa coisa de glamour uma chatice irreal)...

E falando de branding, no site encontramos o Laboratório Abrace o Brasil onde são apresentadas as inspirações das coleções e linhas atuais, tudo com muito charme e frescor. 

Vale a pena investir seu tempo e conferir a Malwee: http://bit.ly/12fmD6F, que pelo jeito continua Gostosa como um Abraço.


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Entrada das redes internacionais no varejo brasileiro

Uma das tendências do varejo é a internacionalização das multinacionais que não tendo mais como crescer em suas nações de origem, se deslocam para abrir seu mercado em outros países em desenvolvimento. Em 2012, entre tantas, podemos destacar a chegada da Amazon.com e da Sephora ao Brasil.

Hoje, na Revista Exame, está divulgado o processo de compras da Drogaria Onofre (SP) pela americana CVS. A empresa já divulgou em seu relatório a compra da rede brasileira, e a assessoria da mesma confirma os "rumores": http://exame.abril.com.br/negocios/empresas/aquisicoes-fusoes/noticias/americana-cvs-compra-drogaria-onofre

É importante salientar o movimento que essa transação fará nos mercados de saúde e farmacêutico no país: as empresas desse segmento precisarão acompanhar esse movimento para manterem-se competitivas e as suas gestões precisam estar saudáveis e preparadas para o impacto financeiro e de custos que estes gigantes impõem na dinâmica do jogo.

É, pessoal, pelo jeito, o movimento está apenas começando e as empresas brasileiras precisam, mais do que nunca, se fortalecerem para conseguir competir nesse mercado cada vez mais voraz e dinâmico.

Bom trabalho a todos e não deixem de ler o post na íntegra!

Até mais.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Cultura e branding

Um dos tópicos que abordo nas palestras de varejo e de branding, é a importância da divulgação das ações sociais e culturais que muitas empresas fazem, mas que não divulgam por medo de serem julgadas pela comunidade, pois ainda há muito preconceito em relação a esse assunto.

As ações sociais e culturais fazem parte das estratégias de marketing que as empresas atualmente adotam para gerenciar suas marcas e vender seus produtos. Não há nada errado em usar essas ações para ajudar na divulgação, até mesmo porque, essas ações podem servir de incentivo às outras empresas. E, se aumentarmos a "rede do bem", além as organizações, muitas comunidades serão beneficiadas com isso.

No último dia 29, li no jornal eletrônico Valor Econômico, uma reportagem sobre a "adoção" da Fontana di Trevi pela grife Fendi, por 4 anos. A empresa investirá US$ 2,9 milhões para o restauro desse importante monumento histórico italiano. Esse é um movimento que deveria servir de exemplo para muitas empresas brasileiras.

Leia a reportagem na íntegra: http://www.valor.com.br/cultura/2988186/grife-italiana-doa-us-29-milhoes-para-restauro-da-fontana-di-trevi

Uma ótima leitura!