O que foi 2012?
Foi
um emaranhado de sentimentos, acontecimentos, obstáculos, derrotas e vitórias.
Em determinados momentos me senti numa montanha russa da Disney, onde a
sensação de euforia e curiosidade pelo momento se misturavam ao medo da próxima
curva, mas ao mesmo tempo, tinha aquele “friozinho” na barriga, que deixava
tudo muito interessante.
Em
outros momentos, o que senti pode ser comparado a sensação de degustar um cone
de morango com calda de chocolate da Godiva, na 7a. Avenida de New
York. O incrível gosto cítrico do morango misturado ao delicado e doce da calda
de chocolate. Só os “fortes” podem entender essa sensação, como o poder que
exala da bela e poderosa Washington.
Me
senti também num vídeo repleto de cores e formas, com aromas e sensações
únicos, assim como as ruas de Istambul, que exalam criatividade, música,
alegria e beleza. Assim como ela, sou uma mistura de emoções e crenças,
enraizadas em muitas lutas, conquistas e derrotas.
Também
tive momentos de requinte e sofisticação comparados a um passeio pela
Champs-Elysees, em Paris, com suas lojas sofisticadas e seus cafés, misturado
ao ar de Milão, com toda a sua elegância e beleza. Andar por Paris e Milão, sem
sombra de dúvida, me traz uma sensação ímpar de nostalgia e alegria. Nostalgia
por lembrar das aulas de história que tive na infância e alegria pelo momento.
Heróis e épocas retratadas nos livros que não voltarão jamais, mas que são
imortais em cada canto da Europa.
Tive
dias sombrios como Londres, mas também como ela, soube aproveitar o calor do
sol, mesmo que por poucas horas, para me levantar e ver que o mundo é assim
mesmo, e se eu for esperar que ele gire ao meu redor ou seja do jeito que eu
quero, ele perderá totalmente a graça, pois muitas vezes, nem eu mesma sei o
que eu quero.
Muitas
vezes me senti forte, cheia de esperança e me reconstruí, como Brusque que após
cada intempérie da natureza, volta mais linda, leve e acolhedora. Essa é uma
das minhas características mais marcantes, e assim como a mitológica Phôenix,
ressurjo das cinzas e começo tudo de novo, sem medo, com mais cuidado e
sabedoria.
Em
alguns dias, estive ligada em 220 w, fazendo tudo rápido e querendo que o dia
tivesse 40 horas, como parece ter em São Paulo. E quando esses dias estavam
sugando minhas energias, lembrava do Rio de Janeiro e deixava as coisas
acontecerem no seu tempo, e elas aconteciam, com uma qualidade e efetividade
surpreendentes.
Fui
uma pessoa que se planejou durante o ano, como Campo Grande, com suas avenidas
largas e seus prédios de design inovadores, e me descobri mais emoção do que razão em determinados
assuntos, então, procurei ser mais light e me preocupar menos com o que os
outros pensam, e mais com o que eu realmente faço ou digo.
Senti
a maresia e o vento no meu rosto, senti o gosto do peixe e do camarão da nossa
Ilha da Magia, me senti viva, assim, como vivo é Santa Catarina. Um Estado
pequenino geograficamente, mas que tem neve e praia! Realmente, um estado
abençoado por Deus e bonito por natureza (que me perdoe o grande Jorge Ben Jor por
usar sua letra).
O
que quero para 2013? Tudo o que mereço, sejam coisas boas ou ruins. Tudo o que
me faça crescer e evoluir. Tudo o que me dê o frio na barriga e o brilho no
olhar. Tudo o que me faça perder o sono e o fôlego. Tudo o que me faça viver!